sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Helicônias

Helicônias. Cristina Souza. 2020. 50 x 70. Óleo sobre tela.

Não tenho um registro melhor deste quadro porque fiquei ansiosa para entregar quando terminei e não fotografei direito. Foi um presente para minha irmã Juliana, para a casa nova dela. Essa pintura, que dei o nome de Helicônias, foi meu primeiro quadro pintado com tinta a óleo. Demorei mais de seis meses pintando, de 2019 para 2020. Esse trabalho foi a tentativa de estabelecer um estilo de pintura com uma temática que eu gosto que é a natureza. Sempre fotografei e desenhei plantas, mas não acreditava que poderia ser uma temática artística porque estava procurando algo 'elevado' para trabalhar. Então, vi uma exposição da Yara Tupynambá na Casa Fiat, Pintando a Natureza, que achei lindíssima e vi que toda temática fica linda nas mãos de uma boa artista. O trabalho da Yara Tupynambá é simplesmente maravilhoso! Mas não sabia se era o meu caso. Se eu podia me atrever. Somente quando desisti dessa ideia de que eu não podia é que consegui seguir a minha vontade de retratar a natureza. Meu quadro é mais figurativo e que não tem muita técnica realista, é chapado e parece desenho em alguns momentos. Isso não me incomoda porque desenhar ou pintar assim não quer dizer que eu não saiba fazer de outra forma. Quer dizer que esta forma me agrada. E decidi que faço o que me agrada em arte daqui pra frente. Não tenho nenhuma obrigação. Que bom!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Tiradentes

Tiradentes. Cristina Souza. 2018. Acrílica sobre tela.

Esta pintura foi feita por mim há pelo menos dois anos a partir de uma fotografia que fiz na cidade de Tiradentes. Considerei este trabalho uma retomada da pintura em quadros após mais de dez anos. Você pode ver aqui neste blog minhas últimas pinturas em quadro feitas por volta de 2005. Passei um tempo longo desestimulada e afastada das produções de arte. Não me julgava capaz de pintar porque estava muito inculcada com a questão de não ter uma formação acadêmica em arte. Frequentei por vários anos a Escola Livre de Artes - Arena da Cultura da PBH. Amo os cursos de lá, mas sempre senti falta de perceber que estava me formando de forma coerente em artes. Os cursos são livres e independentes e eu não percebia um percurso. Contudo, nos últimos anos, revi este pensamento. Leio bastante sobre arte e acho agora que não é tão essencial ter formação superior em artes. Gosto do caráter fragmentário da minha formação. Um pouquinho aqui, um pouco ali. Desenho com lápis, lápis de cor, giz, caneta, nanquim. Pinto com acrílica, guache e comecei a pintar com tinta a óleo. Estudo de forma solta na Internet e faço cursos quando consigo. Estou gostando dessa diversidade! Um dia, encontro meu caminho! Sem pressa e sem pressão! 

Essa tela tem dimensão 20x30 cm e foi pintada com tinta acrílica. Dei o título de Tiradentes. Com ela, participei de uma exposição coletiva no Viaduto das Artes em 2019. 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Paisagem da Praça

Praça. Cristina Souza. 2020. Guache.


Este trabalho foi realizado faz alguns meses. Finalizado em setembro de 2020. Estava já vivendo esta pandemia que transformou totalmente nossas vidas e de forma irremediável.  A imagem retrata um local da cidade de Belo Horizonte que eu frequentava muito e que me faz falta. O desenho foi feito a partir de uma fotografia que fiz. O guache é um material que me interessa bastante porque ele não aparenta ser muito potente, mas pode ter um resultado bastante agradável. Gosto deste ar infantil que ele traz para a pintura. É desafiador conseguir algum efeito mais interessante com ele e também não há muitas tonalidades e nuances de cores. O guache que eu usei é simples, do tipo escolar. O papel é um super white, resto de um trabalho que fiz no Arena. Não há nada sofisticado neste trabalho e acho que a simplicidade que ele contém é algo que eu gostaria de passar pra quem observa. A vida pode ser simples e bonita, como uma pintura feita com guache. Quando pintei esta imagem, sentia uma necessidade enorme de encontrar simplicidade numa vida bastante complicada pela pandemia. A arte pode ajudar a focar a vida de outra maneira, eu acho.